
Não sei o que fazer
Brinquei com minha filha
Que alegria!
Enchi a cara
Fui demitido
Quando pensei em ir trabalhar
Quando pensei em ir trabalhar
Fui demitido
Enchi a cara
Que alegria!
Brinquei com minha filha
Não sei o que fazer
Hoje é mais um dia

Foi exatamente isso que durante alguns momentos o público gritou enfurecido! Por quê? Vou começar a explicar. O lugar do festival é numa fazenda chamada Maeda, que fica em Itu e é de muito difícil acesso. Tivemos que ir de São Paulo até a rodoviária de Itu para embarcarmos num dos ônibus que estavam levando as pessoas direto para a entrada do evento, a fazenda é na rodovia, adentrando acima uns 10 a 15Km, antes de chegar ao município mesmo de Itu (talvez essa medida esteja exagerada, não encontrei a distância oficial da rodovia à fazenda, mas é a medida do nosso desespero - continuem lendo). A ida até o evento foi tranquila, vários ônibus à disposição, empolgação para ver o evento, todo mundo de boa. Mas a volta foi um caos. Todo mundo saindo ao mesmo tempo, aqueles ônibus que levaram até a entrada iam levar de volta à rodoviária de Itu, só que na saída a distribuição das pessoas não existia, todos ao mesmo tempo querendo entrar nos ônibus, tumulto geral, além de um frio massacrante de uns 8/9 graus brincando. O que fizemos, eu, Gustavo e outro brother que encontramos ainda na saída de São Paulo e ficou conosco durante o evento - Rafael, foi encarar a pé, como centenas de outras pessoas, a descida de 10/15Km que ia dá lá na rodovia para tentar embarcar num ônibus que estivesse chegando e tivesse vaga para adentrarmos e ir até a rodoviária de Itu e pegar a condução voltando para São Paulo. Depois de muito tempo conseguimos. Ao chegar na rodoviária de Itu o guichê que vende passagem para São Paulo só iria abrir às 5 da manhã e o primeiro ônibus para São Paulo sairia às 6 da manhã e era naquele momento umas 4 da manhã. E na rodoviária de Itu já havia uma fila gigantesca de pessoas, que conseguiram embarcar nos ônibus antes de nós, do evento até a rodoviária, esperando abrir esse guichê. Bateu um desespero misturado ao cansaço. Nesse desespero negociamos um taxi de Itu para São Paulo, R$ 250,00. Muito bem pagos àquela altura de falta de perspectiva de que horas chegaríamos a São Paulo. Logística muito mal planejada pelo evento.
Não se iluda pela cara de moleque
eu não sou cristão
AMANHÃ! Grande fusão da cultura local alagoana com as bandas: Xique Baratinho, Vitor Pirralho & Unidade e os DJS Mariwire e Barão, ambiente climatizado e muita diversão! Rua Sá e Albuquerque, em frente à Associação Comercial, jaraguá.
Descrição do evento:
Durante todo o mês de maio em Jaraguá, diversos artistas, compositores, bandas e DJs subirão ao palco para apresentar seus trabalhos ao público alagoano em shows e festas.
Tez avermelhada
Sarampo, catapora
Silvícola, caipora
Sofisticado primitivo
Cultura morta, povo vivo
Quase vivo
Miçangas, fumo, pinga
Tecidos, espelhos, línguas
Mortas, extintas, impostas
Na costa, no interior
Que sabor tem quem vem do exterior?
Quase morto
Extermínio, genocídio, chacina
Antídoto, imunidade, vacina
Emboscada, armadilha, por milhas e milhas
Congressos, conquistas amargas
Iracema, América, Vargas
Quase tudo
Quase nada
Livro aberto de acesso público. Livro aberto que convida leitores a serem co-autores. Páginas escritas, páginas a serem escritas. Não há borrachas ou corretivos para apagar o que já foi redigido. Porém há páginas em branco e tinta sobrando. Capítulos podem ser revisitados, reescritos jamais. Há até tentativas de reescrever alguns capítulos atribuindo-lhes uma nova perspectiva, mas serão novos capítulos, pois, recapitulando o que aqui já foi escrito, não há como apagar o que já foi redigido.
Em homenagem ao professor Paulo Bandeira, assassinado em 2003 no município de Satuba - AL por denunciar um desvio de verba pública que iria ser investida em educação. É assim que eles nos querem, calados. Contrariando seu querer, eis-me aqui:
A definição básica de ‘verbo’ é: palavra que designa ação. Sendo assim, uma palavra que carrega esse estado gramatical e que me mata de intriga é o verbo ‘morrer’. Se o verbo é a prática da ação pelo sujeito, a não ser que não haja um – como em chover, trovejar etc., o verbo ‘morrer’ me soa como a verbalização do suicídio. Percebe? “Ele morreu!” Ou seja, ele praticou a ação de morrer, o que me leva a concluir que ele o fez querendo.
Creio que a Gramática sim deva estar cheia de problemas mal resolvidos e com motivos de sobra para se suicidar a si própria e matar-se a ela mesma! Enquanto não consegue fazê-lo ela vai suicidando a língua num processo tradicional de mumificação. Falo Verissimamente que a Gramática deve apanhar todos os dias para saber quem manda!
Tarsila do Amaral