domingo, 10 de outubro de 2010

SWU VAI TOMAR NO...

Foi exatamente isso que durante alguns momentos o público gritou enfurecido! Por quê? Vou começar a explicar. O lugar do festival é numa fazenda chamada Maeda, que fica em Itu e é de muito difícil acesso. Tivemos que ir de São Paulo até a rodoviária de Itu para embarcarmos num dos ônibus que estavam levando as pessoas direto para a entrada do evento, a fazenda é na rodovia, adentrando acima uns 10 a 15Km, antes de chegar ao município mesmo de Itu (talvez essa medida esteja exagerada, não encontrei a distância oficial da rodovia à fazenda, mas é a medida do nosso desespero - continuem lendo). A ida até o evento foi tranquila, vários ônibus à disposição, empolgação para ver o evento, todo mundo de boa. Mas a volta foi um caos. Todo mundo saindo ao mesmo tempo, aqueles ônibus que levaram até a entrada iam levar de volta à rodoviária de Itu, só que na saída a distribuição das pessoas não existia, todos ao mesmo tempo querendo entrar nos ônibus, tumulto geral, além de um frio massacrante de uns 8/9 graus brincando. O que fizemos, eu, Gustavo e outro brother que encontramos ainda na saída de São Paulo e ficou conosco durante o evento - Rafael, foi encarar a pé, como centenas de outras pessoas, a descida de 10/15Km que ia dá lá na rodovia para tentar embarcar num ônibus que estivesse chegando e tivesse vaga para adentrarmos e ir até a rodoviária de Itu e pegar a condução voltando para São Paulo. Depois de muito tempo conseguimos. Ao chegar na rodoviária de Itu o guichê que vende passagem para São Paulo só iria abrir às 5 da manhã e o primeiro ônibus para São Paulo sairia às 6 da manhã e era naquele momento umas 4 da manhã. E na rodoviária de Itu já havia uma fila gigantesca de pessoas, que conseguiram embarcar nos ônibus antes de nós, do evento até a rodoviária, esperando abrir esse guichê. Bateu um desespero misturado ao cansaço. Nesse desespero negociamos um taxi de Itu para São Paulo, R$ 250,00. Muito bem pagos àquela altura de falta de perspectiva de que horas chegaríamos a São Paulo. Logística muito mal planejada pelo evento.
Relatarei agora algumas outras falhas do evento sem ser de deslocamento. Lembram daquele brother que encontramos ainda em São Paulo, Rafael? Ele não tinha ingresso, foi pra tentar comprar lá na hora e conseguiu encontrar, na mão de um cambista, a R$ 200,00 Pista Premium, aquela mesma que eu mostrei no post anterior no meu ingresso a R$ 560,00 que eu comprei lá de Maceió. Pode uma coisa dessa? Tudo bem. Entramos e vimos os shows de Los Hermanos, The Mars Volta (muito boa banda que eu não tinha aprofundamento em seu trabalho - pesquisarei mais) e por fim o show da noite, Rage Against The Machine. Os caras começaram com a música que eu já previa: Testify, quando começou o peso, eu que estava quase colado na frente do palco, saí sendo levado sem opção para várias direções pela massa enlouquecida que pulava e empurrava de forma caótica e eufórica, nessa hora, eu, Gustavo e Rafael, nos perdemos, cada um foi solavancado para um lado e se posicionou da maneira mais conveniente para cada um ver o show, só nos encotramos ao término da apresentação. Eu fiquei perto da grade mais atrás que terminava a área Premium e tive uma boa visão de lá e consegui ver todo o show mais deslocado da massa ensandecida. A apresentação ia fluindo bem, Zack dedicou a música People of The Sun aos "brothers and sisters of the MST", depois de mais algumas músicas o show foi interrompido porque a grade de segurança que fica em frente ao palco estava começando a ceder, os organizadores do evento pararam o show para consertar, pediram que o público desse três passos atrás, Zack reforçou o pedido dizendo que estavam também muito empolgados por estarem no Brasil pela primeira vez, mas que as pessoas tinham que cuidar umas das outras sem se machucar para o bom andamento do espetáculo. Retomado o show parecia que nada mais pudesse dar errado. Parecia. Na música Township Rebellion o som parou para o público, os PAs falharam, só tinha som dentro do palco, no retorno da banda. Aí o público começou a vaiar e a gritar "SWU vai tomar no...". Depois dessa música, outra pausa para corrigir esse erro na aparelhagem, quando o Rage voltou a tocar tocou uma música improvisada, os instrumentistas fizeram uma base e o Zack ficou rimando em cima, só pra dar aquela ajustada no som. Pronto. Depois disso o show conseguiu prosseguir até o fim sem mais interrupções. No mais, Rage Against The Machine, tirando esse amadorismo de um festival que parecia tão grande e organizado com uma boa proposta, fez um show espetacular! Rage é Rage, né?! Tinha que ser polêmico!

2 comentários:

  1. Poxa que chato né? Eu jurava que o SWU seria um festival super organizado. Além da falta de organização (que é o que mais se comenta), essa imagem de sustentável foi só pra vender né? Porque pelo que eu li de sustentável não teve porra nenhuma! Enfim, mas ao menos valeu a experiência de ver o RATM de perto. Ah, e essa parte em que ele colocou o boné do MST não foi transmitida pela globo, porque será né? =P

    http://scienceblogs.com.br/rainha/2010/10/o_swu_foi_otimo_e_coerente.php

    http://uoleo.wordpress.com/2010/10/13/o-mais-longo-e-insustentavel-dos-dias/

    (Links de outras críticas ao SWU)

    Abraços.

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  2. junior - caiçara - pg.7 de janeiro de 2011 às 07:24

    swu foi uma grande merda... eu.. que ha anos curto a banda... e já assisti alguns shows.. pessoalmente... posso dizer sem sombra de duvidas.. que os tempos são outros.... deixei uma msg no mail-box do tom morello... fuck u! mr. morello, your real fans can't pay for this fucking show!...
    a real que foi mto caro.. e levar pra itu foi uma grande merda!

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