quarta-feira, 30 de abril de 2014

GRANDES PENSADORES (SEMPRE HÁ)

Entre Platão e Valesca Popozuda
Sempre há
Um professor do ensino médio

Entre bananas atiradas e hashtags
Sempre há
Um usuário das redes sociais

Entre socos e batidas
Sempre há
O ritmo e a poesia

Entre mim e você
Sempre há
Eu

segunda-feira, 28 de abril de 2014

ENTRE SOCOS E BATIDAS

Sem mencionar o veneno que estava sendo lançado via rede social, semana passada, por Nocivo Shomon, atacando gratuitamente o Emicida, no sábado passado ocorreu um fato lamentável em cima de um palco onde se realizava um concerto de RAP, era apresentação do Projota. O palco foi invadido por outro rapper, Zap-san, que já subiu desferindo um golpe no Projota. 

O que eu acho? Acho que tudo está na contramão. Nós, seres humanos, criamos a poesia e a música, as artes em geral, e passamos a institucionalizar a cultura, assim como fizemos com as culturas dos mitos, elas se tornaram religião, e aí já não somos mais servidos por elas e passamos a servi-las; não confortamos mais nossos anseios na cultura e na arte, passamos a doutriná-los, e quando algo vira doutrina, já viu, né?! Fanatismo, fundamentalismo, morte em nome disso e daquilo. O RAP virou uma instituição dogmática, da qual se proliferam várias seitas com seus devidos pastores e seguidores. O RAP é apenas um mundo, e esse mundo está dentro do universo da poesia e da música, o mundo não pode ser maior que o universo. E o universo somos nós mesmos, os criadores. Estamos nos afogando em institucionalizações, em movimentos feitos por nós, ou seja, estamos nos perdendo dentro de nós mesmos. Precisamos nos reencontrar. E parar de brincar de West Coast vs. East Coast. 

sábado, 26 de abril de 2014

DECODIFICADOR

elegante flor de coqueiro
de sorte, de arruda
que brota na quinta esquina do mar
paixão no outro dia
para sempre irradia
até a semana acabar
"Na noite navegada" ... "A vida é líquida"

sábado, 12 de abril de 2014

POLÍTICA RELIGIÃO FUTEBOL CLUBE

Política, religião e futebol não se discutem? Nós, seres humanos, dotados da faculdade da linguagem, da cognição, seres políticos por excelência, discutimos tudo, inclusive política, religião e futebol. Por que não? Vejamos.

Tomando uma partida de futebol, num comparativo, como a batalha diária da vida, percebemos que a política que envolve o ganhar e/ou perder das partidas refere-se diretamente à divina política de viver; se ganhamos: graças a deus, papai do céu olhou para mim e disse que eu sou o cara, se perdemos: deus sabe o que faz, ele age de formas estranhas, mas é só uma provação. O ser humano não, esse age de formas previsíveis. Depende do bicho, da mala branca, artifícios vários de se fazer política em nome do todo poderoso, leia-se em nome de si mesmo, e da família, claro, sem perder o jargão futebolístico.

Eu mesmo já fui salvo por deus algumas vezes. Lembro-me neste momento de uma situação burocrática que envolvia a entrada numa papelada jurídica para obter um seguro desemprego, um jogo que joguei contra um time mais forte e não desisti da peleja. No ministério do trabalho eles foram me driblando, me fazendo de bobinho, tocando a bola de um lado para o outro, enquanto eu, aguerrido, perseguia o melhor lance para encaixar minha jogada, foi quando eu fiquei de frente para o goleiro, opa, digo, uma funcionária, cujo nome era Fátima, nome religioso, de santa, por sinal, que ao me atender disse não poder fazer muito por mim, pois já havia milhares de processos à minha frente esperando resultados de descenso ou de ascenso neste campeonato brasileiro político cruel, eu teria que agendar meu processo para o returno, pois ela sairia de férias no dia seguinte. C#*@&%¨!!!!! Eu pensei, no fervor da partida, estou a poucos metros do gol e terei que reiniciar a jogada? Olhei para ela com aquele olhar do Gato de Botas, aquele olhar de piedade, e ela investiu: “Você acredita em deus?”. Mas é claro, respondi com toda convicção que existe entre o céu e a terra. E ela teve piedade. Anexou meu processo e deu entrada. Foi uma jogada política de cunho religioso.

Graças a deus. Graças a Fátima. Do fundo do meu coração cético, onde quer que tu estejas, Fátima, deus te abençoe.

Obrigado. Amém. Gol.

terça-feira, 8 de abril de 2014

BRANCO DE DADOS

Se me afirmam que tudo está mal
Eu negro
Se me perguntam se tudo está bem
Tudo índio

domingo, 6 de abril de 2014

5 EM ALGARISMO ROMANO

















Vociferar a verdade: virtude, vantagem
Não venha, vaze! Aqui é vernissage
Seu vale não vale, venha de voucher
Ver o Van Gogh, ouvir o Vivaldi
Variar é saudável, só afeta verme
Previsível, provável... Eu vivo na verve
Voando livre, vulnerável, volátil
À viagem viável, visitando o versátil
Navegando eventos, de vento em popa
Reinventando o velho, voilà

Vou lá ver e fazer valer a pena viver
Viabilizo o veto e vou direto ao vencer

Vaselina não tem, vê se visualiza
Vicissitudes da vida que envergam a viga
Vai, vomita! Veredicto à veritas
Vagabundo viaja e não aproveita a visita
Verossimilhança, vendeta, vingança
Venha na valsa veemente e avança
Veni, vidi, vici, verbos vazios?
Voto de veto, meu vilipêndio ao vil