sexta-feira, 9 de novembro de 2018

NOVE NOV. (ou Não presta pra nada!)


Depois do 8
O 9
Uns 10 km de caminhada
Longa
Longo vestido
Longos cabelos
Blusa azul do ladrão
Beijo roubado
Bem que se kiss
Fuzilamento ocular de um busto sinal
Sinais...

Coesão incoerente
Ou
Incoesa coerência
Ou
Gramática vs. Literatura
Ou...
Não queríamos ou
Sempre quisemos e
Mas temos vivido ou
Um
Ou
Outro

Isso nos faz infelizes
No mais feliz dos achados:
Um e outro
Juntos
Resolveremos juntos?
Não cumprimos promessas
Lento eu, tu às pressas
Tempo rei, tempo fim

A fim de celebrar o ponto de partida
Atropelamos as vírgulas
Abusamos das exclamações
Intimamos com interrogações
E querer ter sempre a última palavra
Conduz-nos cada vez mais ao ponto final
  
Ninguém quer
Os que têm e os que não têm fé
Ninguém quer
Ninguém que...
Ninguém

Tal vã vaguidão
Vem de sofreguidão
Inútil tentar entender
Apenas não esqueça
Mesmo que outro outro te faça feliz
Leve-me leve
Releve minhas (des)necessidades
Como esta aqui

Mais um poema que não será lido
Tampouco analisado
Sentado e sentido
Faz sentido
Como eu me sinto?
Não presta pra nada!