quinta-feira, 14 de julho de 2011

NOUTRO RITMO


Certa vez, Pingo montou uma banda
E imprimiu ao projeto um bom ritmo
Que a cada dia ia evoluindo
O começo de tudo é promissor
E a banda crescia como uma grande promessa
Destacava aonde chegava
Dava show

Pingo encabeçou toda a ideia
Sempre pensando em ir mais além
Conseguiu angariar seguidores
E recursos também
Enfim, conseguiu registrar
Gravou um álbum
Materializou, botou o boneco na pista

Porém, Pingo estava ficando maior que sua banda
Já não havia mais a mesma comunicação
Algo que o incomodava demais, por sinal
A falta de compreensão, de reconhecimento, de diálogo...
Pingo decide, então, partir para a carreira solo
Flertando aqui e ali com outras bandas
Mas, a partir de então, sempre em destaque solista

Apesar de não conseguir mais compor com sua antiga banda
Vez por outra acontecem alguns revivals
Algumas reuniões práticas, juntar e tocar
Isso deixa Pingo extasiado, nada mais de burocracia
Não que agora ele não esteja feliz, pelo contrário
Ele guarda um sentimento tão verdadeiro por aquela banda
Que prefere não estragar tudo com tantas formalidades

Mas, em se tratando de formalidade
Há uma grande, entre Pingo e a banda
Um eterno vínculo entre eles
O primeiro álbum
O que lhes rende uma dependência formal
Por mero protocolo, dividem-se os prejuízos
Por amor e gratidão, Pingo distribui os lucros

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