quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O DIÁRIO DA MÁFIA

Antigamente - muitos mangavam das meninas que mantinham confissões em diários, atualmente - quase todos reproduzem a atitude estranha daquelas meninas de se relacionar com o registro dos fatos através de palavras, seja menino ou menina. É! As redes sociais são diários iguais aos antigos manuscritos, com fotografias coladas especificamente em determinadas confissões, o acesso aos segredos restrito ao grande público e liberado apenas aos amigos que se enquadram nas configurações de privacidade, enfim, "hoje saí com minha melhor amiga e fui tomar sorvete na Chupaki", e uma fotografia fazendo o devido check-in do logradouro e da lambida também, claro. Só elas sabem... É... Bom, nessa comediária das sociais venho também registrar minhas atividades e quero compartilhar com todos que agora eu vou fazer cocô. Háááááááá! Pegadinha. Na verdade, já fiz. Háááááááá! Não, agora é sério, estou na casa nova, naquela que posso chamar de minha, organizando, colocando as coisas em seus devidos lugares como orienta o manual de instruções. Desde o ano passado que venho na montagem da estalagem própria. Quem mais botou pilha para que eu viesse para cá foi minha mãe, "Vá, meu filho, vá que eu preciso desocupar aqui o que você tá ocupando pra eu me organizar", essa foi a pilha, engraçado, né? Estilo renegado e deserdado. Quando eu botei a pilha e comuniquei que hoje dormiria na casa nova ela me desferiu o golpe: "Desertor!". É, eu sei, agora ficou mais engraçado! Preparou um depósito com três fatias de bolo e perguntou: "Vai mesmo? Tome, leve para comer amanhã ao acordar. Será que tem muita muriçoca lá? Leve o repelente. Ligue pra mim quando chegar". Mãe é foda, já dizia Lirinha. Destarte, termino o registro de hoje, meu querido diário, com a certeza de que os tolos entenderão este meu registro como entendem a película O poderoso chefão, eles acham que é sobre máfia...

Nenhum comentário:

Postar um comentário