sexta-feira, 25 de outubro de 2013

FICHAMENTO DE ARTIGO CIENTÍFICO

Análise do Discurso
Literatura
Política
Fichamento de conteúdo (ou resumo)
MAGALHÃES, Hilda Gomes Dutra; SILVA, Luíza Helena Oliveira da; BATISTA, Dimas José. Do herói ficcional ao herói político. Universidade Federal do Tocantins (UFT). Submetido em 16/10/2007, aceito em 26/11/2007. ISSN 1806-5821. Publicado online em 03/12/2007. Ciências & Cognição 2007; Vol. 12: 18-30 <http://www.cienciasecognicao.org>
O artigo científico, Do herói ficcional ao herói político, de Magalhães, Silva e Batista faz uma análise alusiva entre realidade e ficção, literatura e política, no que se refere, mais especificamente, entre o herói ficcional e o candidato a cargos políticos.
Os autores tomam como base de desenvolvimento de seu artigo a Análise do Discurso (AD) e, por isso, iniciam o trabalho citando vários autores da área – como Bakhtin, Althusser, Foucault, Orlandi, Mussalim, Pêucheux, Heliane de Castro -, para referendar sua posterior análise. O objeto de pesquisa do artigo se dá sob a ótica de maniqueísmo e mitificação, na qual são construídos os heróis literários, que acaba sendo publicitariamente moldada aos candidatos políticos em suas campanhas eleitorais. Dessa forma, o artigo analisa desde as bases de construção dos heróis da literatura, que envolvem preceitos ideológicos, características idealizadas e valores morais, até os “heróis” políticos, que acabam por assumir esse automatismo clichê das narrativas triviais literárias, conferindo-lhes de forma legítima “super poderes” na força da representatividade pública.
Portanto, mediante a um consenso de valores entre eleitores e candidatos, trocas interlocutivas e atualização de um imaginário historicamente compartilhado, vão-se construindo as figurativizações heroicas contemporâneas.
Os autores lançam, mais especificamente, seu olhar sobre tais mecanismos mobilizados na campanha de Siqueira Campos para governador do Estado de Tocantins em 2006.  
Elaborado por: Vitor Lucas Dias Barbosa. Disciplina: Organização de Trabalhos Acadêmicos (OTA)/Letras/UFAL. 2013.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

LINK E JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO ARTIGO CIENTÍFICO A SER RESUMIDO

O artigo científico escolhido é intitulado Do herói ficcional ao herói político, de Hilda Gomes Dutra Magalhães, Luíza Helena Oliveira da Silva e Dimas José Batista. O motivo da escolha é simples. Por se tratar de um artigo que tem como base de seu desenvolvimento a Teoria da Literatura e a Análise do Discurso como suporte teórico, áreas pelas quais eu me interesso, ele ainda faz uma ligação entre literatura e política, compreendendo, dessa forma, o meu objetivo de análise deste e de futuros trabalhos.
LINK: http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/649/431

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Resumo crítico do primeiro capítulo do Manual de Textos Acadêmicos e Científicos, de Ada Brasileiro

O primeiro capítulo do Manual de Produção de Textos Acadêmicos e Científicos, da autora Ada Magaly Matias Brasileiro, é uma síntese bem apurada sobre o que ela denomina de, e intitula o capítulo, as convenções do mundo acadêmico. Ela inicia tal síntese mostrando o que deve ser feito na elaboração de pesquisas acadêmicas e, como não poderia deixar de ser, por questões contemporâneas, na elaboração de pesquisas eletrônicas. Traz algumas definições sobre o que vem a ser pesquisa, citando a visão de alguns autores a respeito do assunto, e elenca alguns critérios de seleção das fontes de pesquisa tradicionais e também das modernas fontes eletrônicas. Aponta alguns sites confiáveis e formas de realizar pesquisas eletrônicas e dá dicas importantes, no que se referem à filtragem para pesquisas avançadas, no quadro 1, onde ela traz expressões booleanas para busca na internet. Continua o capítulo pontuando questões importantes quanto à linguagem acadêmico-científica e as qualidades que um texto desse porte deve ter; como objetividade, uso da norma culta, precisão e clareza, coesão e coerência, imparcialidade, e elenca num outro quadro as expressões latinas que são usadas no texto acadêmico-científico e imediatamente as terminologias definidas pela ABNT. Logo após essa etapa, que sintetiza os pontos mais cobrados na elaboração textual desses tipos de trabalho, a autora traz uma breve explicação sobre cada um dos mais importantes tipos de eventos promovidos pelo meio acadêmico-científico (assembleia, briefing, palestra, colóquio, congresso etc.) para elucidar os objetivos de cada um desses encontros. Na sequência, ela destaca, esclarecendo algumas dúvidas, os títulos, cursos e distinções acadêmicas – trazendo até uma interessante curiosidade histórica sobre o título Doutor. Encerra o capítulo apresentando a importância das normas da ABNT para a normalização do trabalho científico utilizado no meio acadêmico brasileiro, e apresenta o Método Vancouver, que sistematiza a apresentação e documentação de textos científicos em cursos da área de saúde para publicação em veículos internacionais. 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

NOS VERSOS NUS

Eu não fico triste, naturalmente você me seduz
Perfeição não existe, mas a gente a induz
Tudo se resolve à trilha de blues
E uma taça de vinho à meia luz

Ah... Meia luz...

Imperfeições imperceptíveis a olhos nus
Corpos nus
Suados como a tampa da panela de cuscuz
Ficam hidratadas as tattoos
É nosso plano de saúde para não depender do SUS
O desejo é o tempero dos corpos crus
Livres de cruz
E para dar um plus
O pecado faz jus
Ao invés do meu nome, você chama Jesus

terça-feira, 6 de agosto de 2013

HEY BOY, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?

E em cima do palco de uma grande casa de show, reclamação, ou elogio (?), ao pequeno público presente, que é melhor assim do que lotado de boyzinho, pois os que estão ali presentes são os verdadeiros da quebrada.
É preferível a casa lotada de pessoas, boyzinho ou quebrada é arbitrário. A questão é: por que tocar numa casa de show que é de boyzinho? A inevitável resposta, que vem à cabeça: porque se espera tocar para os boyzinhos. E ao não encontrar os boyzinhos na casa... Melhor assim do que lotado de boyzinho.
Ass.: Boyzinho.

sábado, 27 de julho de 2013

ATIVIDADE FINAL - Para enTUPIr de ideia!

A música Tupi fusão, faixa 2 do disco Pau-Brasil (capa acima), é uma composição que, por si só, aborda uma temática social. Histórico-social. Pois aborda uma perspectiva da sociedade brasileira, suas miscigenações e sincretismos, através de um viés histórico, através de um olhar indígena, rapsodicamente referendado por levantamentos folclóricos oriundos de obras como Macunaíma, de Mário de Andrade
Pode-se acompanhar o vídeo (abaixo) da primeira vez que essa música foi executada, antes de ser gravada oficialmente no disco Pau-Brasil - produzido com recursos da Funarte e do MinC, via Prêmio Pixinguinha (2008-2009). Ao final da execução, há uma breve entrevista sobre a proposta da música. As palavras proferidas nesta entrevista vêm a corroborar com a perspectiva histórico-social proposta aqui na dinâmica deste trabalho.
A LETRA E SUAS (possíveis) EXPLICAÇÕES:

VITOR PI 
VIM EM TUPI
PRA ENTUPIR DE IDEIA
A CABEÇA DE TODA TRUPE
Em tupi, entupiu
Canibal deglutiu
Tio samba aglutinou
Tu que viu, viu
Quem viu, quem degustou
Gostou do que sentiu
Digeriu, arrotou
Canja de laranja, casca de galinha
Isca de polícia, farda de sardinha
A carapuça serviu
A batina caiu
Bloco carnavalesco, pitoresco Brasil
VITOR PI 
VIM EM TUPI
PRA ENTUPIR DE IDEIA
A CABEÇA DE TODA TRUPE
Pintura rupestre, tinta nanquim
Índio nordeste, tupiniquim
Camisa da Levi’s e calça jeans
No lugar de flecha, bala e fuzis
Sequestro do chefe da fundação
Na mesma língua, sem confusão
Na mesma moeda, a negociação
Capital estrangeiro, pajé, capitão
Pé d’água, toró, como chovia
De português, o tupi se vestia
Se fosse no sol, tu se despia
E dispensaria a hierarquia
VITOR PI 
VIM EM TUPI
PRA ENTUPIR DE IDEIA
A CABEÇA DE TODA TRUPE
No verso aversão à imposição
Servo, sou não, faço a exposição
Sobre condicionamento e catequização
Pobre estamento, mais injusta divisão
Nobres no convés e os negros no porão
Conte de um até dez e prenda a respiração
Quem controla o passado tem o futuro à mão
Conheça sua História, não durma, irmão
Fique esperto, liberto de qualquer exploração
Mais perto do certo, andar com atenção
Antropofagia pra fugir da tensão
Sardinha no cardápio pra fazer a digestão
Como não? Como sim, é apropriação
Nossa risada no fim tem mais sensação
A resistência é a própria ação
A hora da virada é a nossa sanção
VITOR PI 
VIM EM TUPI
PRA ENTUPIR DE IDEIA
A CABEÇA DE TODA TRUPE
Vitor Pi, vim em tupi, pra entupir de ideia a cabeça de toda trupe
Vitor Pi, versão tupi, pra entupir de ideia a cabeça de toda trupe 


A célula desta letra surge numa certa madrugada quando eu pulo da cama com os versos do refrão martelando minha cabeça, levanto para anotá-los e posteriormente fazê-los martelar a cabeça de toda trupe. A letra em si é um aglomerado de situações que nos fazem Brasil, os sincretismos racial e cultural da miscigenação índio, preto e branco, e como a colonização se moderniza a cada dia. Situações que dirigem a temática do disco como um todo, então essa música vem logo como uma porrada depois da faixa de introdução para apresentar o que vai ser a obra. Há nesta letra, na terceira estrofe, um verso (quem controla o passado tem o futuro à mão) que é uma referência à obra 1984, de autoria de George Orwell, nessa obra ele diz que "quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado". Há também uma referência (uma deglutição) a um poema de Oswald de Andrade intitulado “Erro de português”, no final da segunda estrofe: "Pé d’água, toró, como chovia / De português, o tupi se vestia / Se fosse no sol, tu se despia / E dispensaria a hierarquia", observem.

Tamanho foi o reconhecimento de crítica da obra e desta música em si, por seu teor sócio-histórico, que ela acabou por despertar o interesse de intelectuais e artistas de renome como Ney Matogrosso, por exemplo, que irá, em seu próximo disco, gravar esta música. Atualmente, o maior intérprete do Brasil, já vem executando em suas apresentações, com sua peculiar interpretação, a música Tupi fusão do artista alagoano Vitor Pirralho. O vídeo (link abaixo) é a execução de tal música em sua mais recente apresentação no Festival de Inverno de Garanhuns (18/07/2013).
Vale clicar. É Ney Matogrosso executando Tupi fusão.
http://www.youtube.com/watch?v=6nbmee2as1w

quarta-feira, 17 de julho de 2013

ATIVIDADE 4

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2013/03/ney-matogrosso-fala-sobre-o-novo-show-que-traz-ao-estado-4074798.html

A matéria completa está no link acima.

Estes trechos da matéria foram escolhidos para exemplificar casos de catáfora e anáfora:

"De início focado apenas nos "malditos" da música brasileira, Ney logo se viu abrangendo nomes novos e desconhecidos, como Vitor Pirralho (Tupi Fusão), Tono (Samba do Blackberry) e Dani Black (Oração). Mas os gigantes não ficaram fora: Caetano entra comTwo Naira Fifty Kobo, Itamar Assumpção está em três momentos (Isso Não Vai Ficar AssimNoite Torta Fico Louco) e Lobão comparece em Vida Louca Vida. Astronauta Lírico e A Ilusão da Casa, do gaúcho Vitor Ramil, também estão no setlist."

Em vermelho, destacam-se casos de catáfora, quando há a antecipação sobre o que ainda irá ser referido.

"Apesar de abarcar gerações e gêneros, Ney garante que a unidade do espetáculo está preservada, nas entrelinhas."

Já aqui, em azul, pode-se observar um caso anafórico ao perceber que 'gerações e gêneros' retoma 'nomes novos e desconhecidos' e 'os gigantes' que foram citados no parágrafo acima.