segunda-feira, 28 de abril de 2014

ENTRE SOCOS E BATIDAS

Sem mencionar o veneno que estava sendo lançado via rede social, semana passada, por Nocivo Shomon, atacando gratuitamente o Emicida, no sábado passado ocorreu um fato lamentável em cima de um palco onde se realizava um concerto de RAP, era apresentação do Projota. O palco foi invadido por outro rapper, Zap-san, que já subiu desferindo um golpe no Projota. 

O que eu acho? Acho que tudo está na contramão. Nós, seres humanos, criamos a poesia e a música, as artes em geral, e passamos a institucionalizar a cultura, assim como fizemos com as culturas dos mitos, elas se tornaram religião, e aí já não somos mais servidos por elas e passamos a servi-las; não confortamos mais nossos anseios na cultura e na arte, passamos a doutriná-los, e quando algo vira doutrina, já viu, né?! Fanatismo, fundamentalismo, morte em nome disso e daquilo. O RAP virou uma instituição dogmática, da qual se proliferam várias seitas com seus devidos pastores e seguidores. O RAP é apenas um mundo, e esse mundo está dentro do universo da poesia e da música, o mundo não pode ser maior que o universo. E o universo somos nós mesmos, os criadores. Estamos nos afogando em institucionalizações, em movimentos feitos por nós, ou seja, estamos nos perdendo dentro de nós mesmos. Precisamos nos reencontrar. E parar de brincar de West Coast vs. East Coast. 

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