segunda-feira, 26 de outubro de 2009

MASTIGANDO SONORIDADE

Matéria publicada no blog do Jornal do Brasil (RJ) na página da jornalista Heloisa Tolipan. Para ver matérias sobre outras bandas do nordeste, lá postadas também, acesse: http://www.jblog.com.br/heloisatolipan.php?blogid=107&archive=2009-10


Antropofagia é a palavra de ordem para Vitor Pirralho, o rapper cabeça que encabeça a banda alagoana Vitor Pirralho e U.N.I.D.A.D.E. Por quê? Basta prestar atenção à sigla que compõe o nome do grupo: “União Não Influenciada Demagogicamente Antropofagia Determina o Estilo”. Não entendeu? O Vitor explica: “Sou professor de literatura e um dos textos mais interessantes que li foi o Manifesto antropofágico, de Oswald de Andrade. Temos de nos desprender das demagogias estilísticas e fazer proveito do canibalismo cultural. A arte é legado universal e, a partir do momento em que alguém expõe a produção, não é mais propriedade particular. Fica à disposição da humanidade”, diz, acrescentando: ”Não se trata de copiar, mas de apropriar-se da cultura alheia para somar a sua própria. E com tantas referências boas, a gente ainda se depara com músicas feitas apenas com fins mercadológicos. Ser reconhecido nacionalmente todo mundo quer. Eu quero. Mas se for para me travestir sem critério, fingir ser quem não sou, é melhor virar ator de novela“. A coluna chegou a Vitor por indicação de Pedro Luís, da PLAP, que ouviu o som dos rapazes em uma viagem ao Nordeste. Os dois músicos não se conhecem pessoalmente, mas... ”E aí, Pedro, vamos fazer um som aqui em Maceió?“, propõe Vitor. Convite feito. Sabe outro padrinho de Pirralho? Ney Matogrosso, que se fascinou pelas ideias antropofágicas dos meninos, que acabaram de lançar o segundo CD, Pau-Brasil – disponível para download no site www.vitorpi.com.br –, feito com recursos da Funarte e do MinC, pelo Projeto Pixinguinha.

Um comentário:

  1. Oi Vítor, sou Ana Flávia, de Belo Jardim, nos falamos a respeito do Encontro de Músicos. Saiba que a partir de hoje tem mais uma seguidora do blog. Parabéns pelos textos, virei fã.

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