sábado, 22 de agosto de 2009

HÁ 10.000 ANOS ATRÁS


Vinte anos sem Raul, mas o que são vinte anos se comparados a dez mil do melhor rock’n’roll nacional? Não tem nada nesse mundo que ele não saiba demais. E nós, meros mortais, continuamos a absorver de sua sabedoria milenar. Música e discurso engajados de alguém que não ficava com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar. Uma metamorfose ambulante realmente, quase que num conflituoso tom barroco, ao afirmar que o diabo é o pai do rock, mas que se faz necessário ter fé em deus e na vida. O homem é o seu momento, e isso é melhor do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo e não saber nada. Ah, esse garoto... Não tem nada que ele não saiba demais. E ai de quem tentar forçá-lo a usar um sapato com um número menor que o seu. Autenticidade na Antropofagia de tornar o rock em algo intimamente nacional, nordestino, com acordes de baião na guitarra e letras de temas nacionais censurados, não é verdade Al Capone? Vinte anos. Que nostalgia. Dá licença, eu agora vou ficar com certeza maluco beleza. Ô, meu rei, toca Raul!

Um comentário: