eu, eis-me
aqui
de novo no
beat
tired ‘n’
sick
de tititi
digo o que
vi
se é que eu
vi
talvez déjà
vu
talvez
confundi
nem sei o
que houve
nem o que
ouvi
depende do
clima
que é criado
dado o fato
é inserido
outro boato
nochromakey
se queres
ouvir
depende de
ti
se dó, ré,
microfone aqui
quem vai
impedir
o meu
ataque?
o meu
ataque!
Manifesto Pi, Manifesto Pi
manifestando piamente o que tu não quer
ouvir
a mente não
mente
não para si
então
piamente não vou mentir
daqui não
saí
sempre
estive aqui
e sempre
bati
sempre de
frente
com a tal da
falsidade
que invade
auxilia
covarde
eu nunca
traí
o lema que
diz:
uma mentira
mil vezes
dita
é uma
mentira
mil vezes
maior
mas se faz
feliz
o que
ludibria
me diga
e eu faço
ainda melhor
me diga, me
diga
e eu faço
ainda pior
Manifesto Pi, Manifesto Pi
manifestando piamente o que tu não quer
ouvir
insatisfeito
fiquei com o
que
aconteceu,
sim
porém deixei
de
canto um
tempinho
pra refletir
parei,
concluí
melhor
sozinho
do que
seguir
pondo pingo
nos is
onde não
existe
foi o que
fiz
fiquei tão
triste
mas não
agredi
cabeça em
riste
bola pra
frente
se lembre
que
eu não
desisti
amigo, aqui
funciona
assim:
eu vou por
ti
tu vens por
mim
mas se
preferir
cada um por
si
nicetomeetyou
I am Vi P
Manifesto Pi, Manifesto Pi
manifestando piamente o que tu não quer
ouvir
Esta é uma letra, e música, que eu tenho um apreço especial.
Ela continua um ciclo que eu dei início no segundo disco (Pau-Brasil). É o
seguinte, lá no primeiro disco (Devoração crítica do legado universal), no
encarte, tem um texto meu intitulado U.N.I.D.A.D.E., que é o nome da minha
banda, então no disco Pau-Brasil eu compus uma letra que foi musicada sob esse
mesmo título, já lá no encarte do Pau-Brasil tem um texto meu intitulado
Manifesto Pi (mesmo nome do meu blog, que eu alimento desde 2009), e aqui, n’A
invenção é a mãe das necessidades, eu mantive esse ciclo de ter uma faixa no
disco seguinte com o título do texto do encarte do disco anterior. Além disso,
eu gosto da letra por ter uma métrica curta nos versos, o que traz muita
dinâmica vocal no flow, e praticamente todas as rimas são processadas na
sonoridade do ‘i’ (Pi, aqui, beat, sick, tititi etc.). O tema também é bem
reflexivo, fala basicamente de mentiras que são alimentadas em nosso cotidiano
frenético, reiteradas pelos meios virtuais através de fake news, e acaba
acompanhando a sequência temática sugerida anteriormente pela faixa Na base. O
ditado cunhado por Joseph Goebbels (“uma mentira contada mil vezes, torna-se
uma verdade”), ministro da propaganda na era Hitler, é confrontado aqui: “uma
mentira mil vezes dita é uma mentira mil vezes maior”.
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