Novas gerações. Novos brinquedos. Os brinquedos mais
requisitados da atual geração são, certamente, os eletrônicos. Videogames 3D,
tablets, toda essa aparelhagem que tanto fascina e prende (desvia?) a atenção
da molecada século XXI.
Não é difícil encontrar nas redes sociais, que são uma
espécie de brinquedo da nova geração, uma geração anterior reclamando das novas
brincadeiras. São muito frequentes postagens do tipo “As crianças de hoje nunca
saberão o que é infância de verdade”, ou uma imagem de um boneco dos Comandos em
Ação junto a uma sacola plástica ou ainda uma fita K7 junto a uma caneta Bic
com os dizeres “As crianças de hoje nunca entenderão a relação entre esses
objetos”.
Bom, eu acredito em coexistência, não se pode parar no
tempo, mas também não se pode negá-lo. Na fotografia, minha filha sendo
apresentada a um Mané Gostoso – e que nenhum mané desta geração queira
futuramente dar uma de gostoso para cima dela, pois o futuro coroa estará
sempre a postos para fazer malabarismos por sua cria (como se tivéssemos
controle... ou seria joystick?).
Enfim, deixemos de divagações e partamos para o busílis.
Será que a minha filha, quando se tornar mãe – reitero: que o filho não seja de
um mané –, vai resmungar sobre os brinquedos dele? Enquanto ele estiver dentro
de uma cápsula, cheio de eletrodos, sendo transportado holograficamente para
dentro de um software e batalhando na pele de seu personagem, tipo Avatar, ela
estará concluindo que as crianças daquela geração não sabem se divertir,
pois em sua época se jogava em 3D. Pois é, filha, na minha época era em 3
dedos.
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